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sábado, 18 de março de 2017

A INVERSÃO DE VALORES E O JULGO DESIGUAL

A Bíblia nos alerta sobre o casamento fora dos padrões e parâmetros doutrinários estabelecidos na lei de Deus. Por julgo desigual entendemos uma desigualdade em todos os sentidos os quais vão surgindo com o passar dos dias e dos tempos, estas diferenças causará um desiquilíbrio na convivência do casal e os conflitos, as divergências certamente levaram a tragédias, gerando sofrimento e desiquilíbrio emocional. As afinidades espirituais servem como um ponto de equilíbrio dessas emoções e conflitos. Mas dificilmente escaparam da arrogância e da ignorância que faz parte da natureza humana. 

Quando um casal se une com os mesmos propósitos e objetivos, as chances de alcançarem o êxito no relacionamento será notório. Vemos muitos artigos fantasiosos pela internet com receitas prontas e promessa para um casamento sem conflitos e isso é hipocrisia, pois na história da humanidade não há registro de casamentos perfeitos, todos foram movidos por tragédias, e conflitos, rebeldia dos filhos e uma agressividade desigual, pais e filhos se enfrentando, irmãos contra irmãos, prostituição, drogas, assassinatos entre outras tragédias

O Julgo desigual foi registrado na bíblia onde vários exemplos foram citados; Abraão e Sara, Isaque e Rebeca,  (Gênesis 25.21), Jose e Maria,  Davi e Bateseba. (Salmos 32.3).

 “Ora, quando vós virdes a abominação do assolamento, que foi predita por Daniel o profeta, estar onde não deve estar (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judeia fujam para os montes”. Marcos 13:14. Ao submeter-se a um julgo desigual o indivíduo deve estar preparado para os acontecimentos que cedo ou tarde surgirão, não há como escapar das consequências, tanto um lar cristão, como um lar não cristão, ambos serão alvos em potencial. O julgo desigual não está explicitamente ligado a religião e sim a natureza de forma individual, a religião é apenas uma forma de escape, mas sem sucesso.

“E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão”. Mateus 10:21. “E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai ao filho; e levantar-se-ão os filhos contra os pais, e os farão morrer”. Marcos 13:12. As leis que deveriam intermediar esse conflito, na verdade estimulam a violência ao beneficiar os menos favorecidos ou condenar o sujeito sem provas suficientes.

Onde obter respostas para tais conflitos que causam uma decadência moral na sociedade e nos laços familiares, pois sabemos que a solução é produto do imaginário, portanto um sonho inquestionável, um tormento. Até um certo tempo eu perguntava a mim mesmo o porquê de muitos homens e mulheres ficarem sozinhos e rejeitarem um novo compromisso. Hoje compreendo que o causador deste estranhamento social é causado pela natureza humana, a qual direciona o comportamento e as atitudes pessoais e uma falsa liberdade de expressão que circuncida o indivíduo dando uma sensação de poder. As pessoas na verdade é que complicam o relacionamento, pois atribuem o desajuste a personalidade de ambos, mas as peças de um quebra cabeça são diferentes, mas se encaixam perfeitamente, se completam. 

Este mal não pode ser atribuído exclusivamente a modernidade, uma vez que tais desvio de comportamento vem dos primórdios, dos nossos antepassados. A primeira história de desvio de comportamento no casamento, encontramos em gênesis, quando Abraão expulsou uma de suas escravas após ter engravidado a mesma. “E Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael”. Gênesis 16:15. As consequências causadas por este acontecimento, tem percorrido os séculos até nossos dias. “E ele será homem feroz, e a sua mão será contra todos, e a mão de todos contra ele; e habitará diante da face de todos os seus irmãos”.

No livro de Jó, vemos a esposa desejando a morte do marido. (Jó 2.9). Isaque e Rebeca foram impedidos de formalizarem o casamento. Betuel o pai de Rebeca interferiu no casamento e escravizou o Isaque por vários anos. (Gênesis 54.61). Vemos que os conflitos estão presentes no dia a dia do casal e para piorar tanto o relacionamento surge os pais e os familiares com interferências em forma de alto proteção de um dos cônjuges. 

O casamento é um desafio, onde os opostos que se atraem desconhecem o caminho a percorrer e as decisões que deverão tomar e neste contexto, a maturidade só vai surgir muito anos depois tentando manter o equilíbrio e conhecer o potencial do diálogo, somente após uma longa data é que o casal vai reconhecer as formalidades e os rituais que deveriam ser respeitados e os esforços que deveriam ser empregados para manter a fidelidade, o respeito e o companheirismo.

Muitos artigos há, pela internet, os quais descrevem até fórmulas mágicas para um casamento feliz, mas descrevem somente a parte perfeita do casamento, que na verdade não existe, não há na bíblia esse modelo a ser seguido, tais escritores criam fachadas textuais, afim de camuflar a verdade e iludir os fieis com casamentos de aparências, pois casamento perfeito é aquele que ainda não foi formalizado, pois ao ser consumado, as mudanças de comportamento começam aparecer, pois é neste período que as qualidades pessoais se destacam e as qualidade ou defeitos se manifestam e assim a personalidade dos indivíduos serão testadas e colocadas a prova. pregar um relacionamento perfeito é uma hipocrisia sem prescendentes.  O período de adaptação e da aceitação é um caminho espinhoso, cheio de armadilhas, preconceitos, dúvidas e nesse caminho aparece o desvio de conduta o que é inevitável, então a descrença e a insegurança se unem causando um desiquilíbrio relacional, jogando por terra toda aquela empolgação de uma felicidade permanente e concreta. a mudança de personalidade é gradual até atingir o ápice de um radicalismo imparcial.

Portanto não há casamento perfeito e se existiu algum, só podemos citar a união de Adão e Eva antes do pecado, pois antes do pecado os mesmos eram perfeitos.

Conclusão.

Os valores éticos e morais antes tidos como absolutos, imutáveis e insubstituíveis, sofreu com o surgimento da modernidade uma decadência sem precedentes, alcançando um padrão de nulidade do referencial desta moralidade, sendo desconsiderados como normas a serem observadas, sendo substituídos pela liberalidade do racionalismo do sujeito. “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!  Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos! ” Isaías 5:20,21. Estamos diante de um colapso moral.
Observa-se que as normas variam de cultura para outra cultura e até de pessoas para pessoas, ou melhor uma independência da moral e da ética na sociedade do sujeito, em outras palavras a liberdade total das expressões.  Essa multiplicidade de regras é conflitantes e contraditórias e as normas ultrajadas pelo racional pervertido do indivíduo, as virtudes cristãs são desprezadas, não há fundamentos a serem observados nem regras a serem cumpridas, tudo é legal, nada é imoral. A existência do relativismo circunstancial depende de uma visão com novas perspectiva e livres dos preconceitos preestabelecidos como universais pois não são tidos como absolutos.

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
                                                                                                                                "Rui Barbosa"


 A teoria é complexa e seus métodos críticos, onde suas abordagens são sistematizadas no intuito de buscar a compreensão da realidade do sujeito em seu tão fragmentado saber e seus equívocos pedagógicos, surgindo daí uma disjunção cognoscitiva e fragmentada na geração desse saber. O indivíduo busca fundamentar a subjetividade moral no plano mundano, entendido como um organismo complexo do racional com princípios de exclusão e inclusão, sendo o primeiro antagônico e responsável pela identidade do mesmo, já o segundo, entende-se como egocentrismo ou um egoísmo com atitudes e ações eticamente condenáveis, tais indivíduos oscilam entre o caráter vital egocêntrico com uma prática altruísta. O escritor Morin, afirma que o ato ético parte de uma ordem superior á realidade objetiva, tendo como sentido um ato de religação do sujeito com a sociedade em si, afim de revitalizar e regenerar as relações. De acordo com Morin a auto ética inicia-se com o ser humano na pré-história do espirito, e entendida como ascendência religiosa, onde uma barbárie interior e própria do sujeito exige um esforço para ser vencida por meio do auto reconhecimento, evitando assim as estratégias do espirito humano em justificar seus atos questionáveis e compreender as razões subjetivas e a complexidade de tais conflitos, tornando assim possível o perdão como um poder ou força redentora e regeneradora do sujeito. O escritor Morin, defende a “dialógica” como os impulsos, valores e posturas concernentes a consciência do sujeito.


Referências Bibliográficas:

Fonte Pesquisada: https://pt.wikiquote.org/wiki/Ruy_Barbosa. 
- "Requerimento de informações sobre o caso do Satélite". Discurso no Senado (17/12/1914), Obras completas, Vol. 41, citado em "Sobre cultura e mídia" - página 99, Por Roberto Murcia Moura, publicado por Irmãos Vitale, 2001, ISBN 8574071552, 9788574071558, 204 páginas.

Fonte Pesquisada: Morin E. O Método 6: ética. Porto Alegre: Sulina, 2005. 222 p.

Fonte Pesquisada: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000200031.

Fonte pesquisada:https://www.bibliaonline.com.br/

Fonte pesquisada: http://bibliaportugues.com/

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